quinta-feira, 7 de agosto de 2008

MÁSCARA DOURADA

MÁSCARA DOURADA
Jorge Linhaça

Na face ,aquela máscara dourada,
já não repousa com tal galhardia,
não traz mais o brilho de outros dias
seus olhos vazios não fitam mais nada.

Velha máscara, hoje desbotada,
riso profano, perdido no tempo,
fantasia rasgada pelo vento,
pegadas vagas ao longo da estrada

Se a máscara já nada esconde,
senão a tua tristeza escondida,
dos carnavais do tempo de ontem


Para onde irás nas curvas da vida,
se a tristeza te seguirá por onde
tuas pegadas fizerem guarida.

Arandú, 10 de julho de 2008
18:09

ALVORECER DA ESPERANÇA

Alvorecer da Esperança
Jorge Linhaça

Alvorada esmeraldina
me ensina a esperar
o olhar dessa menina,
a sina de lhe encontrar

Vem o sol, me ilumina,
fascina a me encantar.
O mar verde me alucina

na rima do nosso amar.

Como sonho de criança
dança a voz do coração
emoção que não se cansa

E amansa a solidão.
A razão da esperança?
Alvorada da paixão.



A CAMINHO DO CÉU


À CAMINHO DO CÉU
Jorge Linhaça

O caminho do céu se galga
subindo degrau a degrau
seguindo a pomba da paz.

O caminho do céu se trilha
sem usar de hipocrisia
e o escuro que ela traz

O caminho do céu é romaria
que trilhamos com alegria
deixando o passado pra traz

Só vale a pena trilha-lo
quando em boa companhia.
Seguir sozinho? Jamais!

Por isso te lanço o convite
da-me tua mão, não resistas
venhas ser também INCAPAZ



Arandú, 3 de agosto de 2008
18:09



O POETA QUE COPIAVA

O POETA QUE COPIAVA
Jorge Linhaça

O poeta copiava!
Copiava a vida...
em versos.
O poeta cantava!
Cantava a sina
e o universo.

O poeta emocionava!
Emocionava sem sentir
ao leitor desconhecido.
O poeta se encantava
encantado no seu fingir
o sorriso esquecido.

O poeta almejava
viver sua utopia
no reino de Alcaçaz.
O poeta desejava,
dia e noite, noite e dia
serenidade e paz.

O poeta copiava...
os sonhos da humanidade
em seus motes rabiscados.
O poeta versejava
até que veio a idade
e hoje findou-se calado.


Arandú, 2 de agosto de 2008
18:09