quarta-feira, 3 de setembro de 2008

Lágrimas da Pátria

AS LÁGRIMAS DA PÁTRIA
Jorge Linhaça

No país verde-amarelo
correm lágrimas na face
do nosso povo singelo
correm soltas, sem disfarce.
O povo por escabelo
O tempo? Que logo passe!
A gente arranca os cabelos.
A esperança renasce?

São as lágrimas da Nação,
noção de patriotismo?
Conformismo do povão
sem noção de tal abismo.

Na terra de Deus dará
se plantando tudo cresce
Bolsa-família, maná?
Certo está se lhe parece.
Chega a hora de votar
do mal, logo se esquece
Tanta mentira no ar
que à alma amortece.

São as lágrimas da Nação,
noção de patriotismo?
Conformismo do povão
sem noção de tal abismo

Chora o povo de alegria
quando o atleta é campeão.
Vive a panela vazia
sobre seu pobre fogão.
Come o ouro da utopia
embora não tenha feijão
é o país das maravilhas
descalço de pés no chão.

São as lágrimas da Nação,
noção de patriotismo?
Conformismo do povão
sem noção de tal abismo

Pão e circo para o povo
na arena os gladiadores
na marmita, pão com ovo,
no bolso poucos favores
Vai o velho, vem o novo (?)
vem os mesmos dissabores
os tentáculos do polvo
nas mãos dos mesmos senhores.

São as lágrimas da Nação,
noção de patriotismo?
Conformismo do povão
sem noção de tal abismo

3 comentários:

Júnior Rodrigues disse...

Bonita poesia... mas to escrevendo na verdade pra compartilhar uma dúvida. Sou poeta também e tenho muita vontade de divulgar meus trabalhos. Mas tenho receio de alguém se apropriar deles. Você tem todas as poesias registradas? O que você acha sobre isso?? Abraços
Júnior Rodrigues
khatsus@gmail.com
khatsus@globo.com

Anônimo disse...

Estou encantada com suas poesias.
Parabéns, você deve amar o que faz.
Amei essa, da Pátria.
Me emocionei, pois além de amar poesia, sou brasileira de carteirinha.
Essa poesia retrata nossa realidade.
Deus te abençoe e ilumine para que continue sempre nos alegrando com seus trabalhos.
Abraços.

Judô e Poesia disse...

Poésie insurgée. Muito bem escrita. Abraços, Domingos.